Ilha do Bananal
18-02-2021
A Ilha do Bananal localizada no Estado brasileiro de Tocantins perto das divisas com os estados de Goiás, Mato Grosso e Pará é delimitada pelos rios Araguaia e Javaés e considerada a maior ilha fluvial do mundo, com cerca de vinte mil quilômetros quadrados de extensão (1.916.225 hectares). Reserva ambiental brasileira desde 1959 ela constitui um dos santuários ecológicos mais importantes do país, considerado Reserva da Biosfera pela UNESCO desde 1993 e como uma das zonas Húmidas de importância internacional classificada pela Convenção de Ramsar.
Por estar na faixa de transição entre a Floresta Amazônica e o cerrado a ilha possui uma fauna e flora bastante diversificadas abrigando onças-pintadas, suçuaranas, corvos, veados, cachorros-do-mato, tamanduás, tatus, boto, uirapuru, garça-azul e tartaruga-da-Amazônia. Nas áreas alagadas abundam emas, perdizes, garças reais, curiacas, colhereiros, irerês e mutuns. Na flora destacam-se vários gêneros de orquídeas terrestres, a maçaranduba, piaçava e canjerana. Na vegetação predominam os campos, conhecidos na região pelo nome de varjões. Aparecem ainda o cerrado, a mata seca de transição, as matas ciliares de igapó, vegetação das encostas secas e vegetação dos bancos de areia. Predomina o clima tropical quente semiúmido com temperaturas máximas de 38°C nos meses de agosto a setembro e mínimas de 22°C em julho. Durante os meses de janeiro a março, época de cheia do Rio Araguaia, parte da ilha permanece inundada.
Além do Parque Nacional do Araguaia a ilha de Bananal abriga índios desde antes da descoberta do Brasil, que representam hoje cerca de quinze aldeias localizadas nas Terras Indígenas Parque do Araguaia, Inãwébohona e Utaria Wyhyna/Iròdu Iràna com os povos: Carajás, Javaés, Tapirapés, Tuxás e Avá-Canoeiros, pequeno grupo do interior da imensa floresta localizada no centro-norte da ilha, que rejeitam qualquer tipo de contato com a civilização.
Foto: Edy César dos Passos, CC BY-SA 4.0